A agência reguladora para medicamentos e alimentação dos Estados Unidos revogou o uso da vacina da Janssen contra a covid-19. O órgão, equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, anunciou a decisão nesse sentido na última quinta-feira, 1º.
No comunicado direcionado a Ruta Walawalkar, diretora de regulação da Janssen baseada no Estado norte-americano de Nova Jérsei, a agência registra que a fabricante afirmou que “não pretende atualizar a composição da cepa da vacina” entregue ao governo de Washington para o combate ao coronavírus.
“A Administração de Alimentos e Medicamentos decidiu, para proteger a saúde e segurança pública, revogar esta autorização”, afirma a agência reguladora. O comunicado enviado à Janssen, que é o braço farmacêutico da empresa Johnson & Johnson, é assinado por Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da “Anvisa” dos Estados Unidos.
Segundo o site NDA, a direção da Janssen não se manifestou até o momento. O mesmo veículo de comunicação on-line lembra, contudo, que um executivo da empresa afirmou, durante evento de divulgação de resultados em abril, que se preparava para deixar de investir em vacinas contra a covid-19.
“Não prevemos vendas materiais além das registradas no primeiro trimestre, já que nossos compromissos contratuais estão completos”, disse o diretor-financeiro da Janssen, Joseph Wolk.
Janssen e a vacina contra a covid-19 nos Estados Unidos
Sem a Janssen, outras três empresas seguem com vacinas contra a covid-19 regularizadas nos Estados Unidos: Moderna, Pfizer e Novavax. As duas primeiras tiveram aplicações de seus imunizantes validadas em definitivos pela agência norte-americana. A terceira, contudo, segue com a liberação em status emergencial — mesma condição que a farmacêutica da Johnson & Johnson encarava.
A vacina da Janssen contra o coronavírus segue disponível no Brasil. Em abril, o Ministério da Saúde recomendou, no entanto, que pessoas com menos de 40 anos não recebessem mais o imunizante da empresa.
Fonte: Revista Oeste