O governo do democrata Joe Biden anunciou nesta quinta-feira, 5, que começará imediatamente a barrar cubanos, haitianos e nicaraguenses que cruzam a fronteira dos Estados Unidos de forma ilegal. Essa medida já é usada para impedir imigrantes venezuelanos de entrar no país.
Os EUA aceitarão 30 mil pessoas por mês dos quatro países por dois anos e oferecerão a possibilidade de trabalho regularizado, desde que entrem legalmente, tenham patrocinadores e passem por verificações e checagens de antecedentes.
Segundo as autoridades norte-americanas, houve aumento expressivo do número de imigrantes desses quatro países, que, em comum, têm instabilidade social, crise econômica e perseguição a adversários políticos. E os EUA não têm uma maneira rápida de devolver os ilegais aos seus países de origem.
A nova política pode resultar em 360 mil pessoas desses quatro países entrando legalmente nos EUA em um ano. No entanto, o número de pessoas tentando entrar ilegalmente, a pé, pelo México, é muito maior. Apenas em novembro, mais de 82 mil imigrantes foram impedidos de entrar nos EUA.
Apesar do problema crescente — a cidade de Nova Iorque, por exemplo, declarou estado de emergência em razão do elevado número de imigrantes ilegais — a administração Biden tem sido relutante em tomar medidas duras, que poderiam parecer com as da administração de Donald Trump.
Os governos republicanos, especialmente dos Estados ao Sul, com fronteira com o México, criticam Biden, dizendo que seu governo é ineficiente em lidar com os problemas de segurança na fronteira.
Tentando acalmar os críticos e dar uma resposta ao problema crescente, Biden viajará para El Paso, Texas, neste fim de semana — sua primeira viagem à fronteira sul como presidente.
Fonte: Revista Oeste