Eduardo Tagliaferro esteve na Polícia Federal nesta quinta-feira, 22
Em depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-assessor de Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, que chefiava o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que acreditava que seu celular estava ‘seguro com o ministro’. Tagliaferro foi ouvido nesta quinta-feira, 22.
O aparelho foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo em maio de 2023, durante uma investigação sobre violência doméstica. Tagliaferro achava, contudo, que o aparelho havia sido enviado a Brasília por ordem de Moraes, então presidente do tribunal.
No depoimento, Tagliaferro mencionou que seu advogado informara que o celular poderia ser restituído. A notícia o surpreendeu, pois ele pensava que o aparelho estava em Brasília. Na ocasião, Tagliaferro foi preso em flagrante e exonerado do TSE.
“O depoente acreditou que o aparelho estava seguro, pois havia sido direcionado ao ministro”, diz um trecho do termo de depoimento. “Dias depois, perguntou ao advogado do caso sobre o aparelho, ao que foi respondido que poderia ser restituído, o que gerou surpresa ao depoente.”
Veja trecho do depoimento de Eduardo Tagliaferro à Polícia Federal:
O ex-assessor deixou celular desbloqueado e aparelho foi entregue à PF
De acordo com informações do o jornal O Estado de S. Paulo, o perito deixou o celular desbloqueado com seu cunhado, Celso Luiz de Oliveira, para o pagamento de despesas familiares.
O telefone foi entregue ao delegado José Luiz Antunes na Delegacia Seccional de Franco da Rocha, onde permaneceu por seis dias. O cunhado relatou que a ordem de apreensão veio do próprio Alexandre de Moraes.
Investigações e estado do celular depois da apreensão
O Estadão acionou a Secretaria de Segurança Pública para comentar o caso. A pasta informou que já abriu uma investigação interna. O delegado José Luiz Antunes vai, inclusive, depor no inquérito do vazamento.
Depois de ser solto, Tagliaferro foi à delegacia de Franco da Rocha para reaver seu celular, que estava desligado e sem lacre de segurança. Ele afirmou que o aparelho estava danificado, inutilizado e descartado e negou envolvimento no vazamento das mensagens. Tagliaferro assinou um auto de entrega ao receber o celular de volta, responsabilizando-se pelos dados contidos no aparelho.”
Fonte: Revista Oeste