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Ex-candidato a vereador antecipou que faria ataques ao STF

Em mensagem no Facebook, responsável pelas explosões dizia que Polícia Federal teria 72 horas para desarmar bombas; homem cita William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso

Francisco Wanderley Luiz é o dono do carro que explodiu na Praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira, 13. Candidato a vereador de Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal em 2020, o chaveiro Francisco Wanderley Luiz antecipou, nas redes sociais, um ataque a bombas na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

“Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda: William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso. Vocês 4 são velhos sebosos nojentos”, escreveu ele, em imagem publicada no Facebook.

Francisco morava Brasília e visitava STF

Francisco, que estaria morando em Brasília e já havia visitado o STF, fez uma advertência na mensagem. “Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de materiais. Início às 17h48 horas do dia 13/11/2024… O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!!!”.

Conhecido como Tiü França, Francisco é o dono do carro carregado de fogos de artifício que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira, 13. O Corpo de Bombeiros confirmou uma morte.

Justiça prendeu homem em 2012 por contravenção

Por volta das 23 horas, autoridades policiais explicaram que agentes especializados faziam uma varredura para detectar a existência ou não de mais artefatos explosivos. Segundo relatos de pessoas que estavam no local, foram ouvidas fortes explosões em diferentes pontos da Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios.

Suspeito de cometer o atentado contra o STF, Francisco tinha passagem pela polícia. Ele, inclusive, foi preso em dezembro de 2012. A detenção foi motivada por uma contravenção penal.

Francisco pagou fiança. Um mês depois, contudo, em 2013, foi oferecida uma denúncia do crime pelo Ministério Público. Durante o período, o chaveiro ficou em liberdade. Na sequência, foi decretada sua prisão-albergue.

A condenação foi revogada em agosto de 2014, quando o processo foi transitado em julgado, e o Ministério Público determinou a extinção da pena. Assim, Francisco pôde se candidatar a vereador em 2020, na cidade em que nasceu, já com a ficha limpa. Francisco declarou ao Tribunal Superior Eleitoral ter R$ 263 mil em bens, incluindo um apartamento, três carros e uma moto.

Fonte: Revista Oeste

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