A Guarda Costeira das Filipinas acusa a China de cegar temporariamente os filipinos, ao lançar um laser militar sobre um de seus barcos no Mar do Sul da China. O caso aconteceu em 6 de fevereiro, nas Ilhas de Spratly, que Manila ocupa militarmente.
Segundo comunicado do governo filipino, um de seus barcos de patrulha buscava levar alimentos e suprimentos a uma embarcação da Marinha ancorada no local quando foi duas vezes atingido por um laser verde lançado por Pequim.
O texto diz que a Guarda Costeira chinesa executou “manobras perigosas” e chamou a ação de “flagrante desrespeito e clara violação dos direitos soberanos filipinos nesta região”. A China rechaçou as afirmações das Filipinas em fala do diplomata Wang Wenbin, que alegou que o barco estava em águas de Pequim sem autorização.
Desde 2021, Manila e Pequim trocam acusações sobre manobras militares e bloqueios na área em disputa. A China reivindica 85% do trecho marítimo, passando por cima das pretensões de países como Indonésia, Malásia, Vietnã, Brunei e Filipinas.
A disputa acontece em meio a uma tensão no Índico-Pacífico, área que está ganhando protagonismo na geopolítica devido à perspectiva de se tornar palco de conflitos entre China e Estados Unidos. Washington já deixou claras as suas intenções de se aliar a países da região para estabelecer bases militares. A ideia ganhou força depois que Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos EUA, visitou Taiwan, em agosto de 2022.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou que as negociações com as Filipinas para que os norte-americanos utilizem mais quatro bases militares no país foi um sucesso. Trata-se de uma expansão do Acordo de Cooperação em Defesa Aprimorada.
O Pentágono descreveu o pacto como uma oportunidade para “permitir um apoio mais rápido em desastres humanitários e climáticos nas Filipinas e uma resposta a desafios compartilhados”.
Fonte: Revista Oeste