A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) confirmou a primeira morte por dengue em Goiás em 2024. A vítima é um homem, de 31 anos, que morreu no dia 5 de janeiro, na cidade de Uruaçu, na região norte de Goiás. Outros 31 óbitos estão sendo analisados, tendo entre as vítimas crianças e bebês.
O estado está em alerta, pois os casos de dengue estão em alta desde o ano passado. Segundo informações da SES-GO, até a manhã desta quinta-feira (1º), já tinham sido confirmados 11.294 casos da doença e 475 pedidos de internação durante janeiro.
Segundo Amanda Melo, superintendente de regulação, controle e avaliação do estado, o número de internações ainda não é motivo de preocupação, mas sim de alerta.
“Por enquanto, com relação às internações de dengue, não estamos preocupados. Nós temos uma média de solicitações de média e alta complexidade para os nossos hospitais estaduais de 15 solicitações dia, mas a gente tem alguns momentos de pico. (…) Mas nós temos mais de 15 unidades que estão aptas a atendimento desses pacientes, então, por enquanto, estamos numa situação confortável, mas temos receio de uma crise como foi a Covid”, explicou.
A maioria dos casos registrados em Goiás são de dengue tipo 1 (103 casos), mas o que preocupa as autoridades são os casos de dengue tipo 2 (56 casos). Isso porque, segundo a superintendente de vigilância em saúde, Flúvia Amorim, o sorotipo 2 tem o potencial de causar formas mais graves em algumas situações, inclusive em crianças e adolescentes.
“O que nos preocupa neste ano de 2024 em relação à dengue não é só o aumento de casos em geral, mas o aumento de casos graves. O sorotipo 2 está circulando e tende a ficar predominante no nosso estado”, diz a superintendente.
Em Goiás, as cinco cidades com maior número de casos de dengue são: Anápolis (1.630), Goiânia (1.522), Jataí (1.298), Águas Lindas de Goiás (863) e Aparecida de Goiânia (783).
Já os cinco municípios em que se tem maior incidência da doença são: Sanclerlândia (2.557), Aurilândia (2.281), Perolândia (1.883), Ipiranga de Goiás (1.650) e Cocalzinho de Goiás (1.501) – a incidência de uma doença mede o risco da população adoecer, dividindo o número de casos da doença das últimas quatro semanas pela quantidade de habitantes.
Fonte: G1