Por meio de nota, gestão federal afirmou que a informação é ‘falsa’
Por meio de uma nota publicada na tarde desta quarta-feira, 8, pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), o governo federal alegou que não recusou a ajuda do Uruguai. O país havia se colocado à disposição para auxiliar nos resgates das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
“São falsas, portanto, as notícias de que o Brasil teria desprezado ajuda do Uruguai ou qualquer outro país”, disse o governo, em nota. “Todas as ofertas de auxílio são bem-vindas, serão analisadas conforme a adequação às urgências e serão bem recebidas.”
De acordo com uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada ontem, o governador Eduardo Leite havia pedido apoio à nação vizinha. O Uruguai faz fronteira com o RS. Estava previsto que o governo uruguaio enviaria lanchas, um avião e drones para ajudar o Estado gaúcho em meio à calamidade que já resultou em cem mortes.
A aeronave serviria para levar as lanchas às regiões afetadas. Também seria usada para transportar doações humanitárias que são recolhidas no Uruguai. À Folha, o secretário-executivo do governo do Rio Grande do Sul, José Henrique Medeiros, relatou que o comando operacional no Estado declinou a medida por “não ser necessário”.
De acordo com Pires, com a luz verde de Montevidéu, a solicitação foi encaminhada à Agência Brasileira de Cooperação (ABC). O órgão é vinculado ao Itamaraty.
PF de Lula vai investigar ‘fake news’ e desinformação sobre o RS
A Polícia Federal (PF) vai investigar a propagação de fake news e desinformação sobre a situação das enchentes no Rio Grande do Sul. A apuração foi um pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Lewandowski encaminhou a demanda à PF depois de ter recebido um ofício nesta terça-feira, 7. O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, enviou o documento apontando 14 postagens que teriam propagado fake news e desinformação sobre as enchentes no Rio Grande do Sul.
“A apuração vai buscar narrativas desinformativas e criminosas”, declarou o MJSP. A pasta afirmou que serão avaliados os conteúdos “vinculados às enchentes e aos desastres ambientais ocorridos no Rio Grande do Sul. Destacam-se sua relevância e seu impacto no aprofundamento da crise social vivida pela população”.
O órgão vai apurar os 14 casos listados e enviados por Pimenta. Entre eles estão postagens do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do senador Cleitinho (Republicanos-MG) e do influenciador Pablo Marçal.
Fonte: Revista Oeste