Em apenas 5 horas, o nível do lago em Porto Alegre aumentou 9 centímetros devido às fortes chuvas
As intensas chuvas em Porto Alegre causaram um aumento de 9 centímetros no nível do lago Guaíba, em apenas cinco horas, nesta quinta-feira, 23. Às 14h15, o nível estava em 3,92 metros. Na medição anterior, às 9h15, o nível estava em 3,83 metros.
A cota de inundação estabelecida é de 3 metros, conforme monitoramento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul e da Agência Nacional de Águas (ANA), que atualizam a situação a cada 15 minutos.
Na quarta-feira 22, o nível do Lago Guaíba havia diminuído de 3,92 metros para 3,82 metros, mas voltou a subir para 3,96 metros na madrugada de ontem. Apesar do aumento recente, a tendência de queda se mantém desde a semana passada, quando o nível estava acima dos 5 metros pela última vez. O pico deste mês foi de 5,33 metros, registrado no início de maio.
Chuvas intensas e seus impactos
A súbita elevação do nível do lago é atribuída às fortes chuvas na Região Metropolitana de Porto Alegre. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) reportou que as chuvas começaram às 3h30, e, até as 19 horas, o acumulado já era de 117 mm de precipitação. Esse volume é superior ao da tempestade de 2 de maio, que registrou 108,4 mm.
O centro histórico de Porto Alegre foi novamente inundado, o que levou à interrupção das operações de limpeza e colocou bairros em estado de alerta. Em locais como Menino Deus e Praia de Belas, a água subiu rapidamente pelos bueiros. A rua José de Alencar foi bloqueada pela enchente, criando uma correnteza que impediu a circulação de veículos em frente ao hospital Mãe de Deus.
Impacto social e previsão de mais chuvas
O governo do Rio Grande do Sul divulgou que, dos 468 municípios afetados, 65.762 pessoas estão desabrigadas e 581.643 desalojadas. O total de feridos é de 806, com 72 pessoas desaparecidas. Até o momento, 82.666 pessoas foram resgatadas.
As previsões revelam que o número de desabrigados e desalojados pode crescer nos próximos dias, devido à persistência das chuvas.
Fonte: Revista Oeste