A Polícia Civil prendeu preventivamente no sábado (22), no Setor Sul, em Goiânia, um homem de 58 anos, que é conhecido como “barão do tráfico”. Carlos Noronha, segundo investigações, é o dono de um carregamento de 280 quilos de cloridrato de cocaína que foi apreendido no mês passado em Vianópolis, cidade distante 92 quilômetros de Goiânia.
Preso inúmeras vezes, e já tendo cumprido condenações por tráfico de drogas, Noronha passou a ser investigado pela Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc) depois que agentes daquela especializada interceptaram, no último dia 5 de setembro, um caminhão que trazia, em um fundo falso, R$ 14 milhões em peças de cloridrato de cocaína. Naquela ocasião, dois homens que estavam na carreta, e outro que seguia em um carro de passeio à frente deles fazendo o trabalho de “batedor”, foram presos e autuados em flagrante.
Pelo que apurou a polícia, a droga ficaria escondida em uma fazenda perto da cidade, de onde seria comercializada com traficantes de Goiás e do Distrito Federal. A propriedade rural, suspeitam os investigadores, havia sido arrendada por Carlos.
Barão do tráfico: 3o anos de crime, segundo a polícia
De acordo com a Denarc, Carlos Noronha entrou para o mundo do crime no início dos anos 1990, e, em 1992, foi preso pela primeira vez após praticar vários furtos no Distrito Federal. Ao sair da cadeia, ainda segundo a PC, ele migrou para o tráfico internacional de drogas, e, ao longo de 30 anos, foi preso em Pernambuco, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
Em 2001, quando recebia no Distrito Federal um carregamento de drogas vindo da Bolívia, Carlos foi baleado no pescoço após trocar tiros com policiais federais. Ele sobreviveu, mas sofreu um dano na voz que lhe rendeu, entre comparsas, o apelido de “pato rouco”.
No ano passado, Carlos havia sido preso novamente durante uma grande operação da Polícia Federal no Distrito Federal que culminou com a apreensão de 1,4 tonelada de drogas. Colocado em liberdade alguns meses depois, segundo a Denarc, ele se mudou para uma casa de alto luxo no Setor Sul, em Goiânia, onde continuou comandando o tráfico internacional de drogas.
Segundo a PC, “a divulgação da imagem e identificação do preso foi precedida nos termos da Lei n.º 13.869, Portaria n.º 02/2020 – PC e despacho do delegado de polícia responsável pela investigação, tendo em vista o interesse público, em especial com intento de fomentar a colaboração de testemunhas e identificar outros delitos praticados pelo indiciado”.
A reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa de Carlos Noronha, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar.
Fonte: Mais Goiás