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IBGE: Bahia e Pernambuco têm as maiores taxas de desemprego do país

Ambos os Estados registraram um porcentual de 10,8%

Segundo a Pnad, percentual representa uma redução de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2024 (7,5%) | Foto: Marcello Casal Jr. Agência Brasil | Foto: Marcello Casal Jr. Agência Brasil

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira, 14, Bahia e Pernambuco registraram o maior porcentual de desemprego no Brasil em 2024. Ambos os Estados registraram uma taxa de 10,8%. O Distrito Federal seguiu, com 9,6%.

Em contraste, Mato Grosso teve a menor taxa, de 2,6%. Santa Catarina apresentou 2,9% e Rondônia, 3,3%.

A pesquisa mostrou que a taxa média de desemprego no Brasil em 2024 foi de 6,6%. De acordo com o instituto, 14 unidades da Federação, incluindo Minas Gerais e São Paulo, alcançaram suas menores taxas anuais de desocupação.

Isso indicaria uma melhora no mercado de trabalho em várias regiões.

Variação no nível de ocupação entre os Estados

De acordo com o IBGE, média nacional de ocupação foi de 58,6% | Foto: Agência Brasil/Marcel o Camargo

A taxa de ocupação, que mede a proporção de pessoas empregadas com 14 anos ou mais, variou bastante entre os Estados. No Maranhão, foi de 47,3%, enquanto em Mato Grosso chegou a 68,4%. A média nacional em 2024 ficou em 58,6%.

Piauí teve a maior taxa de subutilização da força de trabalho (32,7%), bem acima da média nacional, de 16,2%.

A informalidade atingiu 39% dos trabalhadores no país. Pará, Piauí e Maranhão tiveram as maiores taxas, enquanto Santa Catarina (26,4%) e o Distrito Federal (29,6%) registraram as menores.

O rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 3.225. O Distrito Federal teve a maior média (R$ 5.043), seguido por São Paulo e Paraná. Já Maranhão, Ceará e Bahia tiveram os menores valores: R$ 2.049, R$ 2.071 e R$ 2.165, respectivamente.

Entre o terceiro e o quarto trimestres de 2024, apenas a Região Sul teve aumento significativo no rendimento, passando de R$ 3.611 para R$ 3.704. As demais regiões permaneceram estáveis. Em relação ao mesmo período de 2023, houve crescimento no Nordeste, no Sudeste e no Sul.

Outros índices do IBGE

Em 2024, 73,4% dos trabalhadores do setor privado tinham carteira assinada. As menores taxas de formalização foram registradas no Norte e no Nordeste, com a menor proporção, de 50,9%, no Piauí.

A taxa de desemprego foi de 5,1% para homens e 7,6% para mulheres. No Nordeste, a diferença foi ainda maior, com 7,1% para homens e 10,7% para mulheres.

Entre os diferentes grupos raciais, a desocupação ficou abaixo da média nacional para brancos, com 4,9%, e acima para pretos e pardos, que registraram 7,5% e 7%, respectivamente.

O nível de escolaridade também teve impacto no desemprego. Pessoas com ensino médio incompleto apresentaram uma taxa de 10,3%. Para aqueles com nível superior incompleto, a taxa foi de 6,6%, o dobro da registrada para quem tinha nível superior completo, que foi de 3,3%.

No final de 2024, cerca de 1,4 milhão de pessoas estavam desempregadas havia dois anos ou mais, um número menor que o de 2023, quando eram 1,8 milhão. Outros 3,3 milhões, o que representa 47,9% dos desocupados, buscavam emprego há um período de um mês a menos de um ano, marcando uma redução de 13% em relação ao final de 2023.

Fonte: Revista Oeste

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