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Ibovespa fecha março em queda

Apesar de a alta na Petrobras ter impulsionado o resultado da semana, índice encerrou o acumulado mensal em negativo

O Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas da B3, a Bolsa de Valores do Brasil, encerrou o mês em queda. Apesar da alta na semana, com o aumento expressivo das ações da Petrobras, o índice perdeu 0,71% em março e chegou aos 128 mil pontos.

De acordo com o jornal Valor Econômico, a petrolífera e outros papéis de peso impulsionaram o índice ao longo da semana. Depois dos ajustes, o Ibovespa subiu 0,33% nesta última sexta-feira, 29, e avançou 0,85% no acumulado semanal.

No acumulado mensal, contudo, a principal referência da bolsa brasileira terminou em baixa. A mínima intradiária foi de 127 mil pontos, enquanto a máxima alcançou os 128 mil.

O volume de negócios para o índice no dia foi de R$ 17,3 bilhões. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,11%, aos 5,2 mil pontos. O Dow Jones avançou 0,12%, para 39 mil, e a Nasdaq perdeu 0,12%, com uma pontuação de 16 mil.

A Petrobras PN (+2,22%) e aPetrobras ON (+2,46%) terminaram com altas expressivas e acompanharam o forte avanço do petróleo Brent no exterior. Entre os pares privados, Prio ON (+3,53%), 3R Petroleum ON (+2,93%) e PetroRecôncavo ON (+2,21%) também avançaram.

Empresas que se destacaram no Ibovespa

Apesar da queda, há destaques positivos. Dentre eles estão a Marfrig ON (+12,80%), depois da divulgação do balanço trimestral, e a Casas Bahia ON (+7,96%). Esta última busca um alívio, depois de uma sequência negativa para o papel. A Azul PN (-7,65%) teve a maior baixa da sessão, também como reação aos resultados trimestrais da empresa.

O exterior pesou negativamente sobre o Ibovespa no início do dia, depois de o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, no quarto trimestre, vir maior do que o mercado esperava. Entretanto, o Índice de Manufatura (ISM) de Chicago para este mês veio abaixo do previsto, o que ajudou a trazer alívio nos ativos locais e internacionais.

O ISM é o resultado de uma pesquisa mensal de mais de 400 empresas de 20 indústrias ao longo dos 50 Estados. É o principal indicador de inflação ao consumidor.

O economista norte-americano Oliver Allen, da Pantheon Macroeconomics, afirmou em nota que, apesar do nível baixo, o ISM nacional deve mostrar algum ganho na próxima semana. “As pesquisas regionais de serviços e indústria do Federal Reserve têm vindo um pouco mais fracas, mas elas não têm sido um guia particularmente confiável para as tendências das pesquisas nacionais”, observou.

No acumulado da semana, as altas da quinta-feira 28 e de hoje ajudaram o Ibovespa a não recuar. Mas no acumulado mensal, houve queda — uma tendência vista desde o início do ano, em razão do ajuste de expectativas do mercado para os juros nos EUA.

Fonte: Revista Oeste

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