Abaixo-assinado popular chegou a marca de 954 mil apoiadores até a noite desta terça-feira, 20
A petição para o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes já recebeu o apoio de 131 deputados federais até a noite desta terça-feira, 20. Outros 287 seguem com posicionamento indefinido e 96 são contra.
Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), os colegas da Casa Alta não irão assinar a petição pelo impeachment de Moraes. “Senadores foram orientados juridicamente a não assinarem para não serem declarados impedidos no processo de julgamento”, explicou a Oeste.
Ainda segundo Girão, a petição dos parlamentares e o abaixo-assinado popular seguirão coletando assinaturas até 7 de setembro. Os documentos serão juntados e protocolados para o pedido do processo de impeachment de Alexandre de Moraes em 9 de setembro.
Abaixo-assinado popular pelo impeachment de Moraes
O abaixo-assinado cadastrado na plataforma Change.org já alcançou a marca de 954.357 mil apoiadores. Ao todo, 88.400 pessoas assinaram o documento online até a noite desta terça-feira, 20.
Embora a petição não tenha informações sobre sua autoria e tenha sido cadastrada só como “pública”, ela foi divulgada e apoiada por parlamentares e outros políticos, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O pedido de impeachment de Moraes foi baseado em denúncias do jornal Folha de S.Paulo, o qual divulgou trocas de mensagens entre assessores do ministro no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dados demonstram que o magistrado teria utilizado o tribunal de forma ilegal para embasar inquéritos contra apoiadores de Bolsonaro no Supremo.
“Trata-se do maior atentado à democracia já testemunhado pelo povo brasileiro, em que um Ministro do STF usa ilegalmente o aparato estatal para perseguir alvos por ele pré-determinados”, afirmou a petição.
A petição sinalizou que o ministro do STF teria utilizado o “falso pretexto de defender a democracia” para “destruir” os pilares democráticos. “Descumpriu a Constituição Federal de 1988 de uma maneira nunca antes vista na história do Brasil”, destacou.
Fonte: Revista Oeste