A juíza da 9ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, prorrogou no domingo 26 as prisões temporárias de dois membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) investigados pelo planejamento do assassinato do senador Sergio Moro (União-PR) e de outras autoridades. Ela determinou que Reginaldo Oliveira de Sousa, o “Re”, e Valter Lima Nascimento, “Guinho”, permaneçam mais cinco dias detidos.
Os dois participaram de uma videochamada, junto com outros integrantes da facção, cujo objetivo seria planejar o atentado. Para a Polícia Federal, eles fazem parte do alto escalão do PCC e integram um grupo chamado “Restrita”, mentor do atentado.
Sousa é apontado como integrante do PCC que participa de grandes assaltos a bancos e ataques contra a polícia. A defesa alegou que ele é réu primário, tem residência fixa e é responsável por sustentar a família. Quanto a Nascimento, o advogado alegou que, em janeiro, seu cliente estava preso e que a única prova que paira sobre ele é o print da videochamada.
Ao prorrogar a prisão, a juíza argumentou que a apuração da PF demonstrou “que os investigados ocupam posição de liderança, sendo reconhecidos pelo uso de meios violentos para consecução de seus interesses espúrios”. A manutenção da prisão dos dois presos é para “evitar a destruição de provas, coação e até mesmo ameaça à integridade de testemunhas”.
A decisão também faz referência aos pedidos de prisão de Patric Uelinton Salomão e Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, líderes do PCC. Contudo, como eles ainda não foram encontrados, a juíza entendeu que a análise dos pedidos estava prejudicada.
Até o momento, dentre os nove presos na Operação Sequaz, apenas Aline Lima Paixão conseguiu o direito de ficar em liberdade, por ter filhos menores de 12 anos. Ela terá de usar tornozeleira eletrônica, ficar dentro de casa no período noturno e está proibida de ter contato com os outros investigados.
Fonte: Revista Oeste