O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu nesta quinta-feira, 1°, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com representantes de 22 centrais sindicais para discutir a política do salário mínimo.
Lula reservou o dia para fazer diversas reuniões na sede de transição. A maioria delas com deputados e senadores do PT.
“Nosso pedido principal foi o salário mínimo, sendo mais factível que já no início do ano exista uma política de valorização do salário mínimo e que volte ao que era, recuperação da inflação mais o que cresceu o Brasil nos últimos dois anos”, declarou Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, a jornalistas.
Uma das principais pautas das centrais sindicais é a volta do imposto sindical. Contudo, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), prometeu que essa política não está sendo cogitada no governo Lula.
Aparentemente, no entanto, ainda existe um interesse da parte do futuro governo para retomar alguma cobrança compulsória para sustentar os sindicados. O formato seria o mesmo do imposto sindical.
Conforme Patah, os sindicalistas ressaltaram para Lula que são contrários à volta do imposto sindical, mas que defendem uma nova forma de custeio das centrais sindicais.
“Qualquer país tem política de custeio para o movimento sindical”, afirmou Patah. “Nenhum sindicato vive apenas da mensalidade, isso não existe. Queremos não do formato anterior, quando, se o sindicato fazia um bom trabalho para a categoria ou não, ele recebia. Não é isso que queremos.”
Ao chegar no CCBB, Lula apenas acenou a jornalistas e disse que daria uma entrevista, na sexta-feira 2, antes de voltar para São Paulo.
Fonte: Revista Oeste