O petista deve se reunir com o ditador da Venezuela durante a Cúpula da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe
Mesmo sem uma agenda prévia divulgada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dois encontros internacionais programados para a semana, concentrando sua atenção na América Latina e no Caribe. Um encontro com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, também deve acontecer.
Na quarta-feira 28, o presidente brasileiro viajará para Georgetown, capital da Guiana, para participar da 46ª Cúpula do Mercado Comum e Comunidade do Caribe. Durante a visita, Lula deve ter pelo menos dez reuniões bilaterais, incluindo um encontro com o presidente guianense, Irfaan Ali, para discutir as tensões com a Venezuela relacionadas ao território de Essequibo.
Em 1º de março, Lula participará da 8ª Cúpula da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac), em São Vicente e Granadinas. Nas reuniões, o petista deve tratar sobre cooperação, democracia e propostas para o G20.
Durante a cúpula, o presidente brasileiro pode se reunir com Maduro. As negociações bilaterais que serão realizadas em paralelo à cúpula da Celac ainda estão sendo fechadas.
Declaração de Lula causa tensão diplomática
A ida ao Caribe ocorrerá depois de Lula provocar crise diplomática em sua última viagem internacional. De 13 e 18 de fevereiro, ele visitou o Egito e a Etiópia. Na África, o líder do Executivo nacional voltou a classificar a contraofensiva de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza como “genocídio”. Ele ainda fez uma comparação com o Holocausto, quando 6 milhões de judeus foram exterminados pela Alemanha nazista.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico”, declarou o presidente brasileiro. “Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus.”
Com a declaração, o governo israelense passou a considerar Lula como persona non grata.
Fonte: Revista Oeste