Presidente deu a declaração durante evento de aniversário de 44 anos do PT
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou suas críticas à contraofensiva de Israel na Faixa de Gaza. Desta vez, durante pronunciamento na cerimônia de aniversário de 44 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), na quarta-feira 20, o petista chamou a ação israelense de “genocídio”.
No discurso, Lula mencionou as mulheres e as crianças palestinas e cobrou medidas da Organização das Nações Unidas (ONU).
“As pessoas que defendem paz no mundo não têm muita coragem de defender mulheres e crianças na Faixa de Gaza, que estão sendo assassinadas todos os dias”, disse Lula. “Porque aquilo não é uma guerra, aquilo é um genocídio.”
Críticas de Lula a Israel
Dentro de um mês, o petista dobrou a aposta nas críticas contra Israel. Em 18 de fevereiro, durante uma entrevista coletiva na Etiópia, comparou as reações israelenses com o Holocausto de Adolf Hitler, que exterminou milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Já em 23 do mesmo mês, em um evento na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, Lula acusou o Estado judaico de praticar “genocídio”. O governo de Israel desaprovou reiteradamente as declarações do presidente brasileiro sobre o conflito na Faixa de Gaza. Essa foi uma das razões por que Lula se tornou persona non grata por Israel.
Logo depois de classificar a contraofensiva israelense como “genocídio”, no evento desta quinta-feira, o presidente reforçou que o governo brasileiro repudia as ações do grupo terrorista Hamas.
“Da mesma forma que defendemos que o Hamas tem de libertar os reféns israelenses, e que Israel tem de libertar os reféns palestinos, temos de dizer: chega de matar mulheres e crianças que não tem nada a ver com essa guerra”, declarou Lula. “Cadê a ONU, que deveria existir para evitar que essas coisas acontecessem?”
A fala do chefe do Executivo ocorreu no momento em que os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), viajaram para Israel. Ambos disseram que as falas do presidente não representam a população brasileira. A posição dos governadores foi criticada pelo Planalto.
Fonte: Revista Oeste