A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou a liberação de quase R$ 35 milhões, do Fundo Amazônia, para a ONG Organização dos Povos Indígenas do Juruá (Opirj). O montante deve ser usado para realizar um projeto de “gestão territorial” voltado a beneficiar indígenas no Acre. Marina participou da assinatura do contrato.
“O Fundo Amazônia foi criado para proteger as populações tradicionais e a floresta, além de gerar emprego, renda e melhorar a vida das pessoas”, disse a ministra, durante uma cerimônia em Mâncio Lima (AC), no sábado 4. “São R$ 33,6 milhões para gestão ambiental e territorial, equipamentos, segurança alimentar e melhora da produção, sem destruir a floresta.” Marina é integrante do Comitê Orientador do Fundo, responsável por direcionar recursos para o terceiro setor.
Em 2021, a Opirj, em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica, conseguiu na Justiça impedir as obras da BR-364, projetadas no governo Bolsonaro. A expansão da rodovia cortaria o Parque Nacional Serra do Divisor, perto da fronteira com o Peru. A iniciativa tinha o objetivo de gerar empregos na região e facilitar a vida dos acreanos.
À época, a decisão que suspendeu as melhorias na pista se baseou na “violação dos direitos socioambientais”, por “risco de extermínio” de povos indígenas, ausência de consulta indígenas da região e “relação desproporcional entre investimento público e beneficiários”.
Marina Silva é ligada a ONG que gastou 80% dos recursos com folha de pagamento e consultorias, diz CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs descobriu que Marina é conselheira honorária da ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. No ano passado, essa organização gastou 80% de R$ 35 milhões com folha de pagamento, consultorias e viagens.
Fonte: Revista Oeste