Presidente do Podemos em Goiás e presidente do Departamento de trânsito Estadual de Goiás (Detran-GO), Eduardo Machado, revelou ao Jornal Opção que a gota d’água para o partido abandonar o ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota) foi a sinalização dele em oferecer um palanque no Estado para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma vez que a sigla tinha como pré-candidato ao Palácio do Planalto o então ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
“Mendanha começou muito bem, mas se perdeu em meio às articulações políticas partidárias. Então, assim, como em 2014, o (deputado estadual Antônio) Gomide começou muito bem, mas não soube se articular politicamente, agora aconteceu a mesma coisa”, comparou Machado acerca da intenção do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia em se movimentar para disputar o Palácio das Esmeraldas.
Naquelas eleições, Gomide (PT) era uma aposta para o Governo de Goiás, assim como Mendanha, que teve 95,90% dos votos, em 2020, ele contava com aprovação recorde na gestão de Anápolis, obtendo 88,9%, para o segundo mandato, nas eleições de 2012, em um município com disputa eleitoral acirrada. No processo, o petista não conseguiu definir um candidato a vice-governador que agregava à campanha, optando por Tayrone Di Martino, no entanto, teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).
Semelhante ao ex-prefeito de Anápolis, da forma que está o cenário, ele indica que Mendanha não conseguirá um nome consistente para ter como vice na chapa. “Ele não tem partido estruturado ao lado dele, os partidos que estão ao lado dele, com todo o respeito, são partidos que tem zero tempo de TV e zero fundo eleitoral”, aponta. Segundo o presidente, quando contava com o Podemos, o ex-prefeito teria prometido à presidente nacional da sigla, deputada federal Renata Abreu (SP), que se filiaria ao partido, no entanto, não se preocupou nem em montar as chapas proporcionais.
Fonte: Jornal Opção