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MST invade fazenda em Campinas (SP) e comete crime ambiental

A Guarda Municipal desocupou a área; durante a ação, os invasores atearam fogo na mata

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu, na manhã desta segunda-feira, 15, a Fazenda Santa Mariana, no Parque Shingrilá, em Campinas, maior cidade do interior paulista.

Oeste, a Prefeitura de Campinas informou que já desocupou a área e que os invasores cometeram crime ambiental.

De acordo com o MST, mais de 200 famílias invadiram a fazenda nesta manhã. Em poucos minutos, a Guarda Municipal (GM) e a Polícia Militar (PM) chegaram ao local, depois de denúncia do proprietário da terra.

“Agora, pela manhã, já fomos surpreendidos com várias viaturas de polícia”, informou um militante, não identificado, nas redes sociais do movimento. “Desde a PM, da GM de Campinas. Agora, pelo lado de trás da fazenda, eles estão entrando com um batalhão de choque para intimidar as famílias aqui.”

Na descrição da publicação no Instagram, o militante acusou a GM de “ignorar o diálogo do MTS com a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) e, arbitrariamente, está entrando na Fazenda Santa Mariana”. 

Ele ainda falou em enfrentar a polícia e disse que a área é improdutiva. “Lutar não é crime e estamos na área reivindicando que a terra seja destinada à produção de alimentos”, escreveu.

Prefeitura nega versão do MST

Para a reportagem de Oeste, a Prefeitura de Campinas negou a versão do MST de que a GM teria ignorado as negociações com o movimento. A administração informou que chegou a conversar com as famílias, mas eles não quiseram se retirar do local pacificamente.

“Assim que soubemos da tentativa de ocupação, por volta das 7h30, fomos até o local, conversamos com a liderança”, disse o diretor de monitoramento da Sehab, Elias Azevedo. “A proposta do auxílio-moradia foi colocada na expectativa que a desocupação fosse feita de forma ordenada.”

No vídeo, o militante do MST propôs uma união do movimento para enfrentar a polícia e permanecer na terra invadida. “Pedimos o apoio de todos, famílias, parceiros do MST, para que a gente possa fazer, deste momento, um momento também de construção coletiva”, afirmou. “Mas também de enfrentamento, para que as famílias permaneçam na área que está sendo reivindicada.”

De acordo com a prefeitura, os invasores pediram um tempo à Sehab para decidir se aceitavam o acordo com o município. O órgão confirmou que havia a presença de 200 famílias no local.

“Como não houve acordo com os ocupantes, foi necessária a intervenção da força policial para garantir a aplicação da legislação e consequente desocupação da área”, informou a administração municipal. “Eles foram informados de que a invasão de propriedade é crime.”

A desocupação começou por volta das 11h30, com o apoio da PM. A prefeitura assegurou que houve o cuidado para “garantir a integridade física das famílias” e afirmou que não houve incidentes.

“Durante a ação, os ocupantes atearam fogo na mata, o que é crime ambiental”, informou o município. “O fogo foi contido pelos guardas, com apoio do proprietário. A PM fez um bloqueio nas extremidades das pistas, para fiscalizar os veículos que estão no local, que estão com emplacamento encoberto.”

Segundo a prefeitura, a área está totalmente desocupada, e o proprietário da fazenda foi notificado para evitar novas ocupações. Para a administração, ele informou que a fazenda é produtiva. 

Fonte: Revista Oeste

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