Episódio ocorreu depois das recentes inundações que devastaram a região; altura da casa era de 20 metros
Em Taquari (RS), uma das cidades mais atingidas pelas enchentes do Rio Grande do Sul, um navio foi levado pelas águas até o telhado do escritório do estaleiro onde foi construído. O nível do telhado é de aproximadamente 20 metros acima do solo.
Conforme relato, a embarcação estava pronta para venda, mas ainda ia passar por uma inspeção final antes de ser afetada pelas enchentes.
“No estaleiro Colorado, em Taquari, tínhamos um navio pronto para entrega antes da enchente, apenas aguardava as vistorias legais”, informou uma fonte ao jornal O Globo. “Com a enchente, o navio perdeu energia e ficou inoperante, assim como os guinchos que movimentam as embarcações. Nossos heróis trabalharam até 20 horas por dia para tentar manter o navio preso com cordas.”
Número de mortos e desaparecidos
O número de mortos pelo avanço das chuvas no Rio Grande do Sul aumentou para 162, de acordo com o último relatório da Defesa Civil do Estado, divulgado na quarta-feira 22.
Atualmente, há 75 pessoas desaparecidas, sete a menos do que o reportado no início do dia. Além disso, duas mortes ocorreram por leptospirose, doença consequente da água suja das enchentes, embora os casos não sejam incluídos na contagem oficial.
A segunda morde pela doença foi confirmada na terça-feira 21. A vítima era um homem de 33 anos, de Venâncio Aires, que faleceu na última sexta-feira, 17, depois de contrair a doença durante as enchentes que atingem a região desde o início do mês.
Antes dele, um senhor de 67 anos, do município de Travesseiro, no Vale do Taquari, também morreu pela mesma doença. A leptospirose é transmitida pela urina de animais infectados, que são vetores da bactéria leptospira.
Especialistas alertam para o fato de que o risco de infecção aumenta significativamente em períodos de alagamentos, como os que ocorrem atualmente no Estado.
O impacto das enchentes nas cidades do RS
Conforme as águas recuam em várias cidades do RS, os moradores voltam para as suas casas e enfrentam a realidade dos prejuízos e perdas. De acordo com o relatório, 2,3 milhões de gaúchos de 467 municípios foram impactados até o momento pela catástrofe climática. Existem 581 mil pessoas desalojadas e 68 mil em abrigos.
Fonte: Revista Oeste