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O Globo, sobre Previdência Social: ‘Déficit crescente e sistema insustentável’

O jornal cobrou urgência em uma nova reforma do benefício

O jornal O Globo cobrou, com urgência, uma nova reforma da Previdência Social. A publicação abordou o tema em editorial publicado neste domingo, 7. O veículo de comunicação afirmou que o benefício tem “déficit crescente”, o que torna o “sistema insustentável”.

“Passados cinco anos da última reforma da Previdência, está clara a urgência de outra”, escreveu o Globo. “É preciso examinar pontos que passaram por correções suaves ou não foram alterados. É o caso da diferença na idade de aposentadoria de homens e mulheres, dos regimes especiais de servidores públicos, da aposentadoria rural ou dos benefícios assistenciais.”

ara embasar o editorial, o jornal utilizou dados de um novo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o relatório, próximo aos anos 2000, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) arrecadava 84,7% do valor necessário para pagar as despesas. A arrecadação caiu para 65,9% dos gastos.

“Buscar o equilíbrio aumentando somente a alíquota de contribuição é irrealista. Atualmente, o empregado paga entre 7,5% e 14% do salário”, afirmou o jornal carioca. “Pelas estimativas do estudo, para custear o RGPS, a alíquota deveria ser de 36%. Um sistema com déficit progressivo é, por definição, insustentável.”

O Globo destaca aumento na expectativa de vida

Além disso, O Globo destacou que o número de idosos e, portanto, beneficiários deverá dobrar, enquanto o número de contribuintes tende a permanecer inalterado. Há, dessa forma, maior expectativa de vida para os brasileiros — o que aumenta o tempo de recebimento do benefício.

O jornal lembrou que, recentemente, o número de empregos com carteira assinada aumentou, mas que a formalização dos trabalhadores não será suficiente para bancar a Previdência Social. Por fim, o Globo criticou o uso do INSS para políticas sociais.

“A Previdência existe para garantir o sustento na velhice, não para compensar a deficiência de programas sociais ou para corrigir distorções não previdenciárias”, escreveu o jornal. “Outras políticas públicas devem ser criadas para atender aos mais necessitados. O Brasil precisa fazer escolhas inadiáveis. Quanto mais cedo as fizer, menos dolorosas serão.”

Fonte: Revista Oeste

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