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Peritos da AIEA estão a caminho da central nuclear de Zaporizhia

Uma equipe de peritos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) está a caminho da central nuclear de Zaporizhia, na Ucrânia, para inspecionar a instalação e deverá chegar ao complexo no fim de semana.

A central de Zaporizhia, ocupada por forças russas, tem motivado trocas de acusações entre Kiev e Moscou. A Ucrânia diz que as instalações estão danificadas e que existe a possibilidade de vazamento de hidrogênio.

Ainda assim, e apesar dos avisos da agência, estão sendo mantidos os ataques perto da central nuclear, o que poderá limitar o acesso dos inspetores.

A unidade foi desligada temporariamente da rede elétrica pelos russos, devido a um incêndio provocado por bombardeios. As autoridades ucranianas alertam para o risco de um desastre nuclear, embora as medições de radioatividade no local permaneçam normais.

A Ucrânia informou à Agência Internacional de Energia Atômica os últimos bombardeios que ocorreram perto da maior central nuclear da Europa. Na quinta (25), sexta e sábado foram atingidos dois prédios da central, ambos localizados a cerca de 100 metros do reator, bem como uma área de viaduto. Esses edifícios abrigam estações de tratamento de água, oficinas de manutenção de equipamentos ou instalações de tratamento de resíduos.

Há quatro dias, os reatores foram desligados durante algumas horas, depois de um incêndio desencadeado por ataques em torno da central. 

De acordo com especialistas, cortar o fornecimento de eletricidade é perigoso. A perda do abastecimento aos reatores nucleares e geradores de apoio significaria falta de energia para as bombas que arrefecem o núcleo quente do reator, levando o combustível a derreter.

Os alertas de desastre nuclear aumentaram. Para verificar o que está ocorrendo na usina, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, informou que a equipe de inspetores da agência nuclear da Organização das Nações Unidas está já a caminho de Zaporizhia e deve chegar às instalações no fim desta semana.

“Devemos proteger a segurança da maior instalação nuclear da Ucrânia e da Europa”, escreveu Grossi no Twitter. “Quase todos os dias há um novo incidente na usina nuclear de Zaporizhia ou perto dela. Não podemos perder mais tempo”, acrescentou o diretorenquanto Ucrânia e Rússia se acusam mutuamente de bombardear a área. A ONU também pediu o fim de todas as atividades militares na área.

FONTE: AGENCIA BRASIL

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