Agentes federais cumprem mandados em três municípios do Maranhão
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 1º, uma operação que mira o ministro das Comunicações de Lula, Juscelino Filho. A ação ocorre, sobretudo, no Maranhão, reduto eleitoral do integrante do primeiro escalão do governo Lula.
Um dos alvos da Operação Benesse é Luanna Rezende, prefeita de Vitorino Freire (MA) e irmã do ministro de Juscelino. Ela foi afastada do cargo de prefeita.
Segundo a PF, o objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa que desviava verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Os envolvidos também são suspeitos de fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro.
A PF também fala em desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação de vias de um município maranhense. Em janeiro, tornou-se público que Juscelino Filho direcionou R$ 5 milhões de emendas do relator para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à fazenda de sua família, justamente em Vitorino Freire.
“A presente fase alcança o núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense”, informa a PF, em nota. Entretanto, a corporação ainda não deu detalhes da operação.
A irmã do ministro das Comunicações não é o único alvo da Operação Benesse. Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, o que indica que ao menos um dos envolvidos tem foro privilegiado. Os mandados estão sendo cumpridos em três cidades do Maranhão: a capital São Luís e Bacabal, além da já mencionada Vitorino Freire.
Também estão sendo cumpridas medidas cautelares, tais como afastamento da função pública, suspensão de licitações e vedação da celebração de contratos com órgãos públicos, bem como ordens de indisponibilidade de bens.
Investigação sobre desvio de verbas federais que atinge ministro de Lula começou em 2021
A investigação sobre o desvio de verbas da Codevasf teve início em 2021 e, em 2022, foram deflagradas duas fases da Operação Odoacro. Já esta terceira fase alcança o núcleo público da organização criminosa.
A corporação também explicou o significado do nome da terceira fase. “Pelo fato de os elementos indicarem que o líder do núcleo público da organização criminosa ora investigada utiliza emendas parlamentares para incrementar o seu patrimônio, denominou-se esta fase investigativa de ‘benesse’, que segundo o dicionário Oxford significa vantagem ou lucro que não deriva de esforço ou trabalho”.
Fonte: Revista Oeste