A Polícia Civil de Goiás abriu um inquérito para investigar os vereadores de Goiânia Cabo Senna (Patri), Sargento Novandir (Republicanos), Gabriela Rodart (DC) e Thialu Guiotti (Avante) por supostas falas homofóbicas feitas no Plenário da Câmara Municipal de Goiânia em junho deste ano.
O Mais Goiás apurou, com exclusividade, que o inquérito, instaurado pelo Grupo Especializado No Atendimento à Vítima de Crimes Raciais e de Intolerância (Geacri), tem o objetivo de investigar os vereadores por falas feitas durante uma discussão acerca da campanha publicitária do Burger King, veiculada em junho deste ano e que celebrou o Dia Internacional do Orgulho Gay ao explicar relações homoafetivas pelo ponto de vista de crianças.
Na ocasião da discussão no Plenário, que aconteceu no dia 29 de junho, um dos parlamentares teria dito que “ser gay era uma opção, consequência da pedofilia”. Outro teria afirmado que “LGBTs são maus exemplos para as crianças”. Após o ocorrido, os vereadores Aava Santiago, Marlon, Mauro Rubem, Luciula Cascão e Sabrina Garcêz chegaram a promover uma audiência pública para tratar dos direitos da população LGBT.
A reportagem apurou que a Polícia Civil entendeu que as declarações dos parlamantares extrapolaram o direito da liberdade de expressão o incitaram o ódio e intolerância contra LGBTs, conduta que entraria como crime de racismo, Lei nº 7.716/89, conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O que dizem os vereadores de Goiânia alvos do inquérito da Polícia Civil
O Mais Goiás entrou em contato com a assessoria do vereador Thialu Guiotti, que afirmou que o parlamentar ainda não foi notificado do inquérito e, portanto, não vai se manifestar.
A assessoria do Cabo Senna declarou, também, que o vereador só vai se manifestar quando for notificado do inquérito. Já a assessoria do vereador Sargento Novandir afirmou que, por enquanto, ele não vai se manifestar, mas adiantou que o parlamentar não cometeu qualquer crime, uma vez que estava dentro de seu direito de liberdade de expressão.
Assim como os demais, a assessoria da vereadora Gabriela Rodart declarou, por meio de nota, que “se pronunciará quando for intimada a comparecer perante a Justiça”.
Fonte: Mais Goiás