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Portuguesa se torna SAF bilionária. Entenda

Tauá Partners, XP Investimentos e Revee vão comandar a Sociedade Anônima do Futebol do clube paulista

A Associação Portuguesa de Desportos tornou-se oficialmente uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A assinatura do contrato na última sexta-feira, 29, no museu do clube, junto da sede e do Estádio do Canindé, confirmou a mudança que visa a colocação do clube novamente como competidor relevante no cenário nacional. O valor aportado chega a R$ 1,2 bilhão.

A assinatura sacramenta um processo que já era dado como certo. Em 14 de novembro, o conselho deliberativo aprovou a proposta apresentada em conjunto por Tauá Partners, XP Investimentos e Revee. A aprovação, a saber, se deu por aclamação. Depois, em assembleia de sócios, a votação pela SAF venceu por 128 votos a 26.

Houve uma manifestação do conselho de orientação da Portuguesa sobre o contrato, diante de dúvidas em alguns itens. Isso foi elucidado entre conselheiros, a gestão do presidente Antônio Castanheira e o gestor da nova SAF, Alex Bourgeois. Esse último representa a Tauá Futebol, braço esportivo da Tauá Partners.

Na próxima terça-feira, 3, uma coletiva de imprensa vai apresentar a comissão técnica do clube para 2025. O objetivo é montar um elenco e uma comissão técnica ao nível de Série B, já para a disputa do Campeonato Paulista.

Os valores a serem investidos na SAF da Portuguesa

Do total do valor que será investido, R$ 263 milhões serão aplicados diretamente no futebol do clube, diluídos em cinco anos. Somente para 2025, serão R$ 30 milhões. A proposta é que o grupo detenha 80% das ações da SAF. As empresas assumiriam as dívidas da Portuguesa, estimadas em R$ 450 milhões. Entretanto, a atual gestão avalia que é possível quitar em R$ 250 milhões.

Ainda em 2025, os R$ 263 milhões seriam divididos da seguinte forma: R$ 44 milhões para o futebol de base, R$ 50 milhões para compras de jogadores, R$ 18 milhões para o centro de treinamentos, R$ 7 milhões para a equipe feminina e R$ 144 milhões para a folha salarial de cinco anos.

O grande fator que desperta o interesse do grupo em investir na Portuguesa é o Estádio do Canindé, que tem uma localização privilegiada na capital paulista — fica na Marginal Tietê. O grupo tem planos de transformar o estádio em uma arena multiuso, com gestão da Reeve e capacidade de 30 mil pessoas para jogos. A intenção é competir com o Allianz Parque, do Palmeiras, por shows, que poderiam receber até 45 mil pessoas.

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