Levantamento mostra alta em setembro em todas as regiões do país
O preço do litro do óleo diesel comum subiu 11,86% nas duas primeiras semanas de setembro na comparação com agosto e está sendo comercializado a R$ 6,13, em média. Já o diesel tipo S-10 aumentou 12,08% e é vendido a R$ 6,31.
Os dados fazem parte do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), levantamento de preços apurado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que administra 1 milhão de veículos.
“Desde o início de agosto, após o último reajuste nas refinarias, o preço do diesel vem ficando mais caro para os brasileiros. Novos reflexos de alta devem ser identificados nos próximos meses com a reoneração de parte da alíquota do PIS/Cofins”, afirmou Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, responsável pelo IPTL.
O levantamento mostra que nenhuma região registrou redução no preço do combustível, mas aumentos de mais de 10% na comparação com ante agosto.
O Centro-Oeste registrou o maior aumento do diesel comum — de 16,5%; em seguida, aparece a região norte. No Sul, as altas foram menores. Na comparação por Estados, o Mato Grosso registrou o aumento mais acentuado para o diesel comum, de 17,27%, na comparação com agosto. Já a alta expressiva do diesel S-10, de 14,74%, foi registrada no Distrito Federal, onde o preço do litro fechou a R$ 6,54.
Preço do diesel está em alta há mais de um mês
O preço do diesel está em alta desde agosto, quando a Petrobras autorizou o aumento de 25,8% no produto. Na mesma ocasião, a estatal autorizou alta de 16,3% no preço da gasolina.
O preço do diesel ficou em queda entre fevereiro e agosto. A redução se acentuou quando a Petrobras acabou com a política de preços de paridade de importação (PPI) e passou a regular artificialmente o valor do produto. Entre maio e julho, chegou a cair R$ 0,60 nas bombas.
Entretanto, essa política afetou o abastecimento, já que os importadores deixaram de comprar o diesel no exterior, em razão do preço muito superior ao mercado interno. Havia defasagem de mais de 30%. O Brasil não é autossuficiente em diesel e precisa importar cerca de 25% do que é consumido aqui.
Com o risco de desabastecimento, a Petrobras autorizou o aumento do preço do diesel e da gasolina em 15 de agosto.
Depois disso, em 5 de setembro, o preço do diesel voltou a subir, cerca de R$ 0,10 por litro com a volta de impostos federais (PIS/Cofins) autorizada pelo governo. As alíquotas foram zeradas em março de 2021, no governo de Jair Bolsonaro, e só voltariam em 2024. Porém, para bancar o programa de descontos em veículos, o governo petista adiantou a cobrança.
Fonte: Revista Oeste