O governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá reconhecer o ditador Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. Hoje, o Brasil considera Juan Guaidó, o líder da oposição venezuelana, como chefe de Estado do país sul-americano.
Lula ainda não se manifestou oficialmente, mas o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), membro da equipe de transição, anunciou que o reconhecimento de Maduro ocorrerá logo depois da posse.
No último dia 13, Pimenta participou de uma solenidade na Embaixada da Venezuela para lembrar três anos da entrada de diplomatas de Guaidó na representação diplomática do país caribenho em Brasília. O deputado foi homenageado por ter atuado ativamente para impedir Guaidó de assumir o governo.
“Em breve, teremos a oportunidade de restabelecer a normalidade das relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela”, declarou o deputado, depois de se referir a “três anos de luta, de resistência, para que pudéssemos chegar a essa data com Lula eleito presidente”.
A Embaixada da Venezuela publicou a comemoração dos três anos em seu perfil no Twitter, que foi compartilhado por Pimenta.
Quando assumiram os governos de seus países, líderes da esquerda também reconheceram Maduro como chefe de Estado. Argentina, Chile, Peru e Colômbia já não consideram mais Guaidó como presidente.
Além do Brasil, a Organização dos Estados Americanos (OEA), os Estados Unidos e outros países reconhecem Guaidó como presidente venezuelano desde 2019. A União Europeia deixou de reconhecer o líder da oposição como chefe de Estado no ano passado.
Logo depois do segundo turno das eleições, Maduro publicou, em seu perfil no Twitter, uma mensagem comemorando a vitória de Lula. Dias depois, numa conversação falou em colaboração entre os dois países.
Fonte: Revista Oeste