A superintendente de Vigilância em Saúde em Goiás (Suvisa), Flúvia Amorim, afirma que o Estado vai emitir nota para recomendar aos municípios que não realizem eventos de Carnaval em locais onde não seja possível o controle de público – no caso, as festividades de rua. O controle, segundo ela, é a comprovação do esquema vacinal completo contra a Covid-19: duas doses ou dose única, mais reforço.
Ela, contudo, ressalta que o Carnaval em Goiás não deve registrar picos de contaminação por Covid-19 como o pós festas de fim de ano. Ela lembra que, no começo de dezembro do ano passado, as contaminações eram de 830 casos por dia. Em 16 de janeiro de 2022 se chegou a 45.317.
Questionada sobre o porquê de não haver tantas preocupações, ela afirma que, apesar do fim de semana prolongado que é o Carnaval, os sábados e domingos já têm registrados eventos diversos em bares, boates e festas. Ela lembra, também, que o pico de janeiro já era previsto, com o surgimento da variante ômicron, que é mais transmissível.
Ainda de acordo com Flúvia, o pós Carnaval deve registrar mais contaminações que o normal, mas entre os não vacinados e aqueles que ainda não se contaminaram.
“Temos que aprender a conviver com o vírus, pois ele não vai desaparecer. Nesse momento, então, temos que manter os protocolos.” Além do uso de máscara e álcool, ela afirma que é necessário dar preferência aos locais abertos e ventilados, quando as pessoas forem se reunir. “Isso para o Carnaval e qualquer festividade, mesmo as familiares.”
Carnaval de rua
A maioria das cidades goianas não deve adotar o Carnaval de rua, inclusive as turísticas como Caldas Novas e Pirenópolis. Ambas proibiram os eventos públicos. Caldas, porém, permitiu os privados, mesmo os de grande porte.
Pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) da última semana informou que somente 3,1% dos municípios de Goiás mantiveram os festejos públicos e privados do Carnaval. Segundo o levantamento, 40,2% deles cancelaram as celebrações.
Outros 42,2% ainda não definiram quais medidas serão adotadas. Outros 14,4% cancelaram os festejos públicos, mas mantiveram os privados.
Fonte: Mais Goiás