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Sob Milei, maiores empresas argentinas cresceram quase 130% no último ano

Fenômeno foi documentado em um relatório que analisa o índice Merval, um indicador-chave da Bolsa de Valores de Buenos Aires

Depois da eleição de Javier Milei em 2023, as maiores empresas da Argentina passaram por uma significativa revalorização. Esse fenômeno foi documentado em um relatório que analisa o índice Merval, um indicador-chave da Bolsa de Valores de Buenos Aires, evidenciando o impacto positivo das novas políticas econômicas no país.

O índice Merval, que inclui as 21 principais empresas argentinas no mercado de ações, registrou um aumento expressivo de US$ 61,3 bilhões em capitalização ao longo dos últimos doze meses, representando um crescimento de quase 130% no período.

Esse aumento não se deve apenas à chegada de Milei ao poder. Suas medidas econômicas reduziram a inflação e sanearam significativamente as finanças públicas, promovendo um ambiente mais favorável para os negócios e incentivando o otimismo no mercado.

Setores beneficiados pela gestão Milei

Os setores bancário e energético destacaram-se como os principais beneficiários das políticas de Milei. A diminuição do risco-país, que caiu de mil e novecentos pontos para 769, permitiu que bancos como Galicia, Macro e BBVA experimentassem um crescimento de cerca de 300% desde dezembro de 2023.

No setor de energia, a capitalização também cresceu significativamente, passando de US$ 4,3 bilhões para US$ 12,8 bilhões, graças, em parte, a ajustes tarifários e à atuação de grandes empresas como a petrolífera YPF.

Além disso, empresas de serviços públicos, como a transportadora de gás natural Gas del Sur e a distribuidora elétrica Edenor, também registraram crescimento expressivo, aproveitando-se do novo clima de previsibilidade econômica. Esse ambiente mais estável e favorável atraiu investidores internacionais, contribuindo ainda mais para o otimismo no mercado local.

Desafios e perspectivas para o futuro

Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, o analista de investimentos Tobías Sanches afirmou que o próximo passo para manter esse ciclo de crescimento é aumentar o acesso ao crédito, o que poderia beneficiar toda a economia real, incluindo o mercado de trabalho e novas oportunidades para investidores e empreendedores.

No entanto, Sanches alerta que a Argentina ainda enfrenta desafios macroeconômicos, como questões relacionadas ao câmbio e reservas negativas.

José Ignacio Thome, outro analista financeiro, ressalta que a volatilidade do mercado é um dos principais obstáculos enfrentados pelo governo de Milei. Ele afirma que “é um fator que deve ser levado em consideração, pois os próximos meses trarão desafios relacionados à inflação e ao manejo da dívida externa”.

Portanto, apesar do otimismo atual, o governo precisará navegar cuidadosamente por esses desafios para manter o crescimento sustentado.

Fonte: Revista Oeste

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