Escola de samba foi apontada pela polícia como reduto da organização criminosa
A Vai-Vai fez uma série de empréstimos para participar do desfile de Carnaval em 2022, sendo um dos credores Luiz Roberto Marcondes Machado de Barros, apontado pela polícia como um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo.
Barros é conhecido como Beto Bela Vista e é ex-diretor da Vai-Vai. Ele emprestou R$ 300 mil para a escola de samba concorrer no ano passado, segundo um dos processos de lavagem de dinheiro que tramitam na Justiça de São Paulo contra ele.
Vai-vai foi apontada pela Polícia Civil como reduto do PCC
Neste ano, a Vai-Vai retratou a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) como demônios. Depois de críticas, incluindo uma nota do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), a Vai-Vai emitiu uma nota dizendo que não teve “intenção de promover qualquer tipo de ataque”.
A existência do empréstimo foi comunicada à Polícia Civil pelo então presidente do Conselho Deliberativo da Vai-Vai, Luiz Pereira de Mattos Filho. Ela foi confirmada mais uma vez pelo presidente da agremiação, Luiz Pereira de Mattos Filho. O jornal Folha de S.Paulo teve acesso a documentos sigilosos que continham as informações.
Um trecho do relatório policial diz que Gonçalves “confirmou que houve um empréstimo de Luiz Roberto à escola no valor de R$ 300 mil para o carnaval de 2022, cuja dívida ainda não foi quitada.” O relatório faz parte de um inquérito que investigava a compra de um terreno para a nova sede da Vai-Vai.
Em dezembro do ano passado, veio à público que uma investigação da Polícia Civil revelou que a Vai-Vai se tornou um reduto do PCC, a maior organização criminosa do mundo em movimentação financeira.
A Vai-Vai é uma das escolas de samba mais tradicionais de São Paulo, vencedora de 15 títulos do Carnaval paulistano, e é alvo de um processo de lavagem de dinheiro que corre em segredo de Justiça.
Fonte: Revista Oeste