A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou, nesta terça-feira, 13, dois blocos requerimentos para iniciar os trabalhos no colegiado. O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) General Heleno entraram na mira. O trio foi proposto por parlamentares governistas que juntaram alguns de seus requerimentos aos da oposição.
Contudo, o governo e a oposição entraram em atrito devido aos documentos registrados nos requerimentos. Ambos se acusaram de fazer corpo mole na hora de votar os requerimentos que fossem desfavoráveis a si.
Com maioria no colegiado, o governo conseguiu barrar a convocação do general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI do presidente Lula, e do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Cada bloco da CPMI tem em média 90 documentos — a maioria está relacionada às informações das câmeras de segurança do 8 de janeiro, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Polícia Militar do Distrito Federal, além de relatórios e outros materiais.
Os primeiros convocados da CPMI
Foram aprovadas ainda as primeiras convocações da CPMI do 8 de janeiro, sendo elas:
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- General Heleno, ministro-chefe do GSI no governo Bolsonaro;
- Jorge Eduardo Naime, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal; e
- General do Exército Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022 na chapa liderada por Bolsonaro.
A maioria dos requerimentos de convocação foi proposta pela relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Mais tarde, o presidente do colegiado, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), deve se reunir com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para solicitar as informações da investigação sobre o 8 de janeiro que tramitam no Judiciário. Os senadores Magno Malta (PL-ES), Cid Gomes (PDT-CE) e Eliziane devem acompanhá-lo.
Fonte: Revista Oeste