Trabalhadores do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) denunciam que a Organização Social (OS) que geria a unidade saiu sem pagar as verbas indenizatórias. O Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) assumiu a gestão em agosto de 2019 e a previsão era permanecer por 48 meses. Entretanto, encerrou o contrato com o governo do estado antes do previsto, no dia 31 de dezembro de 2021.
De acordo com reclamações recebidas pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde Goiás (Sindsaúde), a OS não atende telefonemas, e-mails e mensagens. Ainda de acordo com o sindicato, o espaço onde o INTS estava instalado em Goiânia foi esvaziado e entregue.
O caso foi parar no Ministério Público de Goiás (MP-GO). O órgão informou ao sindicato que marcou uma reunião para a próxima terça-feira (18) com a OS para que essas questões sejam esclarecidas.
O Mais Goiás tentou contato com o INTS, mas as ligações não foram atendidas. O espaço está aberto para manifestações.
INTS tem histórico de processos trabalhistas
Esse não foi o primeiro problema trabalhista enfrentando pela OS. Em matéria publicada em agosto de 2019, o Mais Goiás apurou que, ao longo de 10 anos de gestão hospitalar, o INTS acumulou 47 processos trabalhistas. Nove deles em São Paulo e os outros 38 na Bahia, estados onde a organização tem atuação.
Saída da OS
A saída da OS foi anunciada no dia 4 de dezembro. Por meio de nota, ela informou que não realizará mais a gestão do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), a partir de 1 de janeiro de 2022.
“Após tratativas diversas, vai encerrar, em comum acordo com a SES [secretaria de Saúde de Goiás], o contrato de gestão do Hugo, no próximo dia 31/12”, diz trecho da nota.
Fonte: Mais Goiás