Explosões foram registradas, durante a noite, perto de bases militares em áreas da Ucrânia controladas pelos russos e na própria Rússia. As ações indicam aparente capacidade de Kiev de causar estragos na logística de Moscou longe do front.
A Ucrânia emitiu novo alerta sobre uma usina nuclear na linha de frente, afirmando que Moscou pode estar planejando “provocação em grande escala” como justificativa para desacoplar a usina da rede elétrica ucraniana e conectá-la à da Rússia.
Na Crimeia – península que a Rússia anexou em 2014 – explosões foram relatadas perto de uma base aérea em Belbek, na costa sudoeste perto de Sebastopol, sede da Frota do Mar Negro da Rússia. No extremo oposto da península, o céu também estava iluminado em Kerch, perto de enorme ponte para a Rússia, que disse ser fogo de suas defesas aéreas.
Dentro da Rússia, duas vilas foram esvaziadas após explosões em um depósito de munição na província de Belgorod, perto da fronteira ucraniana, a mais de 100 quilômetros do território controlado pelas forças ucranianas.
Kiev desenvolveu atmosfera de ambiguidade em torno das explosões, suprimindo comentários oficiais sobre incidentes na Crimeia ou dentro da Rússia, ao mesmo tempo em que insinuou que estava por trás deles, usando armas de longo alcance ou sabotagem.
Autoridades russas relataram que ninguém ficou ferido na Crimeia ou em Belgorod. Elas disseram que derrubaram drones em Belbek e Kerch e confirmaram ter determinado a retirada de duas aldeias em Belgorod, onde estavam investigando a causa de um incêndio.
“Certamente parece ruim – ou bom – dependendo da perspectiva”, tuitou o ex-primeiro-ministro sueco Carl Bildt, com vídeo mostrando enormes chamas e fumaça no céu, supostamente na base russa em Belbek. A Reuters não pôde confirmar a autenticidade do vídeo.
Mais perto do front, Kiev anunciou uma série de ataques durante a noite, atrás das linhas russas na província de Kherson.
“As Forças Armadas ucranianas trataram os russos com uma noite mágica”, escreveu no Facebook Seriy Khlan, membro do conselho regional de Kherson, dissolvido pelas forças de ocupação russas.
Fonte: Agência Brasil