O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, vai passar a noite em uma cela da carceragem da Polícia Federal (PF) em Brasília. O dirigente partidário foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira, 8, por porte ilegal de arma.
Inicialmente, Valdemar seria alvo apenas de mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada na manhã de hoje pela PF. Ao encontrarem uma arma de fogo com registro vencido, o comandante do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso em flagrante.
Segundo Valdemar, a arma com registro vencido está no nome de seu filho. Na residência do presidente do PL também foi apreendida uma pedra de ouro.
De acordo com a PF, a Tempus Veritatis foi deflagrada com o objetivo de investigar suposta formação de “organização criminosa” que teria atuado “na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito”. Ainda conforme a equipe de comunicação da corporação, buscou-se “obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.”
O “então presidente da República” era, no caso, Bolsonaro. Dois ex-assessores do ex-chefe do Poder Executivo do país foram presos na operação: Marcelo Câmara (ex-assessor especial da Presidência) e Filipe Martins (ex-assessor para assuntos internacionais).
Ao todo, além de Valdemar, os agentes da PF cumpriram quatro mandados de prisão preventiva. Além disso, foram 33 mandados de busca e apreensão. As ações ocorreram no Distrito Federal e em nove Estados: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás.
Depois de dormir na carceragem da PF na capital federal, Valdemar deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira, 10.
Defesa de Valdemar Costa Neto critica prisão
Em nota divulgada nas redes sociais do PL, a defesa de Valdemar Costa Neto reclamou da prisão. De acordo com a equipe que representa o dirigente partidário, “não há fato relevante algum” para embasar a detenção.
Confira, abaixo, a íntegra da nota da defesa de Valdemar:
“A defesa do presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirma que não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência.
Afirma também que a arma é registrada, tem uso permitido, que pertence a um parente próximo e que foi esquecida há vários anos no apartamento dele.
Em outras palavras: Como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que, segundo a própria auditoria da Polícia Federal, vale cerca de R$ 10 mil?”
A defesa do presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirma que não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência.
Afirma também que a arma é registrada, tem uso permitido, que pertence a um parente…— Partido Liberal – PL 22 (@plnacional_) February 8, 2024
Fonte: revista OEste