O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSD), diz que ainda tem 100 dias para que o partido defina o nome que disputará o Senado, além de articular a indicação na chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM). Neste momento, o deputado estadual afirma que o pré-candidato não está certo, apesar de admitir ser o favorito da legenda.
Lissauer se reuniu com o presidente do PSD estadual Vilmar Rocha na quinta (7). Na ocasião, ele relata que o líder da sigla disse que ele reunia as condições de pleitear e disputar o cargo. “Mas não é um compromisso do partido e nem meu. O partido tem um planejamento, as bases têm que ser ouvidas.”
Em relação a chapa do governador, ele pontua que também haverá debates com as bases de Caiado, uma vez que outros partidos buscam, “com legitimidade”, esse mesmo espaço. Questionado se ele leva vantagem pela proximidade com o governador, ele diz que isso não significa uma escolha.
“Minha proximidade com Caiado é inegável, temos uma parceria na construção de governo melhor em Goiás”, revela sobre seu trabalho como presidente da Alego. “Ele confia no nosso trabalho como presidente e pessoa pública e eu não vejo resistência em trabalhar pela reeleição dele. Mas não significa que o PSD ou eu serei indicado para a chapa.”
Lissauer: nada definido
Lissauer lembra que tomou a decisão de não ser mais candidato. Contudo, a disputa ao Senado pode mudar esse entendimento.
Segundo ele, com a saída de Henrique Meirelles, que teria espaço no grupo de Caiado, o partido resolveu focar na formação de chapas de deputados estaduais e federais. “Agora trabalha para consolidá-las e voltou a discutir a majoritária com outro nome.”
O nome dele, como já citado, é preferência do partido, apesar de conversas ainda serem necessárias. “Eu sou filiado, vim e ajudei a montar as chapas [de federal e estadual] e quero contribuir para o crescimento do PSD. Tem todas as condições de indicar um nome na chapa para o Senado.”
Meirelles e o PSD
O nome cotado para disputar o Senado pelo PSD, em Goiás, era o de Henrique Meirelles. Ele, contudo, recuou na véspera da janela partidária. Depois disso, no sábado (2), o ex-ministro da Fazenda deu um passo no sentido de se viabilizar como vice de Rodrigo Garcia (PSDB) em São Paulo, o que já era especulado. Ele se filiou ao União Brasil.
Por pouco mais de 12 meses, o ex-ministro permaneceu no PSD, partido que lhe abriu as portas para concorrer ao Senado na chapa do governador. Nos bastidores, o que se comenta é que a relação entre Meirelles e pessedistas se desgastou porque a legenda desejava uma presença mais ostensiva do ex-ministro na política goiana. Até o último dia 1º, ele acumulava o papel de pré-candidato com as funções de secretário da Fazenda e Planejamento do governo de São Paulo.
Apesar das possibilidade, o ex-ministro segue com o caminho aberto. Vale citar, assim que houve o recuo, as especulações de Lissauer seria o substituto de Meirelles na função começaram.
Carta de Meirelles aos goianos
Na última sexta, Meirelles divulgou nota aos goianos em que explicou que abriu mão de ser candidato ao Senado porque optou por trabalhar, nesse momento, em um “plano econômico que recoloque o País no eixo da prosperidade, que deixe de vez no passado o medo da inflação e da recessão”.
“Assim como contribui como presidente do Banco Central e Ministro da Fazenda para superarmos obstáculos que muitos consideravam instransponíveis, quero agora contribuir para um programa de governo realista, que prometa só o que pode ser cumprido, e que permita aos brasileiros e aos goianos retomar o caminho do crescimento sustentável”. disse.
Fonte: Mais Goiás