Goiás registra aumento de 260% nos casos notificados e confirmados de dengue nas 10 primeiras semanas de 2022, em relação ao mesmo período de 2021. A décima semana vai de 7 a 14 de março.
Neste ano, foram 54.081 notificações e 21.389 ocorrências confirmadas. Em 2021, foram 15.020 e 9.485 respectivamente, no mesmo período.
Ao se comparar apenas a décima semana de cada ano, o aumento foi de 55%: 3.165 casos em 2022 contra 2.037, em 2021.
A Secretaria Estadual de Saúde já confirmou cinco mortes por dengue neste ano, em Alexânia, Goiânia, Inhumas, Itaberaí e Itapaci. Existem 43 casos suspeitos, a maioria na capital (11).
Em todo o ano de 2021, foram 31 mortes. Naquele ano, na décima semana não havia mortes confirmadas e eram seis casos suspeitos. As informações estão no site Indicadores da Saúde, da secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO).
Justificativa
O coordenador geral de Ações Estratégicas em Dengue do Estado, Murilo do Carmo, explica que o aumento se justifica por vários fatores. Segundo ele, em Goiás circulam dois tipos, o Dengue 1 (clássico) e Dengue 2 (mais agressivo). “Quanto mais tipos, maior o número de casos.”
Além disso, ele afirma que as chuvas aumentam a “oferta de água nos criadouros, que também aumentam a quantidade de mosquitos. Outro fato é a baixa adesão das pessoas em ajudarem o poder público. 90% dos criadouros são em casas”. Ele cita que o ciclo de vida do mosquito é de sete dias. “E poder público não tem condição de ir de sete em sete dias na casa das pessoas.”
Murilo diz que o cenário de Covid-19 está arrefecendo, mas pede a colaboração da população, pois uma seria preocupante uma associação com uma pandemia de dengue. “Precisamos evitar. A população precisa ajudar. Averiguar a casa dez minutos por semana, evitar qualquer coisa que acumule água parada. Os locais fechados também devem ser inspecionados semanalmente pelos proprietários.”
De acordo com ele, o Estado já prepara os carros fumacê para o combate ao mosquito.
Fonte: Mais Goiás