O deputado federal tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) pediu explicações ao ministro Sílvio Almeida, dos Direitos Humanos e da Cidadania, sobre a composição do grupo de trabalho (GT) que pretende “combater o discurso de ódio e extremismo”. O pedido foi feito nesta quinta-feira, 23.
Zucco deseja saber quais foram os critérios utilizados para a escolha dos membros que vão compor o grupo de trabalho e se foi realizado algum levantamento da postura adotada pelos escolhidos nas redes sociais. O colegiado vai ter duração de 180 dias.
O grupo de trabalho será presidido pela ex-deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-SP). Além disso, entre os 29 participantes do grupo, está o youtuber Felipe Neto; as antropólogas defensoras do aborto Debora Diniz e Rosana Pinheiro Machado; as jornalistas Patrícia Campos Mello (Folha de S.Paulo) e Rosane da Silva Borges; e o epidemiologista Pedro Hallal.
Segundo Zucco, o GT é composto apenas por pessoas que possuem o mesmo posicionamento político. O parlamentar ainda destacou que Felipe Neto já proferiu discursos de ódio na internet, quando chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro de genocida.
“Xingamentos e imputações de crimes bárbaros como genocídio não serão considerados discurso de ódio por este grupo de trabalho?”, interpelou o parlamentar. “O GT deve ser eficaz e promover bons resultados para a população, não podendo ser apenas um meio utilizado para polarização política e promoção de políticas públicas que atendam apenas a um setor específico.”
Fonte: Revista Oeste