A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou nesta segunda-feira, 9, que ao menos 300 pessoas foram presas em decorrência dos protestos em Brasília. Os detidos foram encaminhados à sede da Polícia Civil. Depois de serem ouvidos por delegados e de terem a prisão formalizada, serão levados para o Complexo Penitenciário da Papuda, no caso dos homens, e para a penitenciária feminina do Distrito Federal, ambas unidades prisionais de Brasília.
A remoção foi autorizada pela juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Leila Cury, na noite de domingo. De acordo com ela, pessoas presas em decorrência dos atos de vandalismo devem ser transferidas diretamente às duas unidades prisionais.
Segundo informou a magistrada na decisão, normalmente os presos permanecem provisoriamente na carceragem da Polícia Civil. “No entanto, por se tratar de casa de passagem com baixo número de vagas, em razão de se localizar próximo à região central e bastante habitada do Distrito Federal, bem como para evitar concentração de pessoas e mais tumulto, que violem a paz pública Distrital, tenho que as transferências devem ser imediatamente realizadas”, escreveu.
Na madrugada de hoje, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou em seu perfil no Twitter que continua o trabalho de identificação de todas as pessoas que participaram ou financiaram os “graves crimes” em Brasília. “Todos serão apresentados ao Poder Judiciário, ainda hoje e nos próximos dias”, declarou.
Decisão de Moraes
Decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão em flagrante dos participantes das manifestações. No despacho, o ministro elenca uma série de crimes pelos quais os manifestantes podem responder. Entre eles estão atos terroristas, inclusive preparatórios, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime e dano ao patrimônio público.
Fonte: Revista Oeste