Entre as despesas relacionadas à Habitação, a energia elétrica é a que mais consome o orçamento da população goiana. É o que aponta a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2017-2018, as famílias gastaram em média 8,1% das despesas com itens relacionados com Habitação, sendo que, em Goiás, 3,1% dessas despesas foram com energia elétrica, índice superior ao registrado na média nacional, que foi de 2,7%.
Com relação às demais despesas, as famílias goianas registram gastos de 2,1% com aluguel, 1,5% com água e esgoto, 0,8% com gás doméstico e 0,6% com condomínio. Aqui, a despesa com Água e Esgoto também aparece acima da despesa registrada nacionalmente, que foi de 1,1%. Por outro lado, as despesas com condomínio representam 50% do índice registrado nacionalmente, de 1,2%.
Sobre a avaliação das condições de moradia da sua família em relação aos serviços, 71,5% das pessoas residentes em Goiás revelaram que o fornecimento de energia elétrica – serviço mais caro entre as despesas habitacionais – é bom, enquanto apenas 46,0% disseram o mesmo sobre a iluminação da rua. A qualidade do serviço decai ainda mais quando o quesito é limpeza e manutenção da rua, com apenas 32,2% respondendo ser bom. Quando o quesito é transporte coletivo, apenas 18,9% avaliaram bem o serviço.
Já a respeito da satisfação da população com os serviços de saneamento básico, 68,3% responderam que o fornecimento de água é bom, 62,8% responderam o mesmo para a coleta de lixo. Por outro lado, apenas 36,6% avaliaram como “bom” o esgotamento sanitário e 40,1% também avaliaram como “bom” o escoamento da água da chuva. É possível observar que quase metade (48,8%) respondeu que não tem esgotamento sanitário no domicílio em Goiás.
Domicílios com problemas
A pesquisa identificou ainda quantas pessoas residem em domicílios com existência de problemas. Em Goiás, 34,7%, ou seja, 2,4 milhões dos moradores relataram morar em domicílio com pouco espaço. 24,5%, isto é, 1,7 milhão de goianos disseram que a casa é escura, com pouca iluminação. Já com relação aos problemas estruturais, 30,8% – 2,1 milhões de goianos relataram goteira no telhado, 33,5%, ou seja 2,3 milhões disseram ter umidade na fundação, paredes ou no chão e, ainda, 22,2% – 1,5 milhão de goianos reportaram deterioração na madeira das janelas, portas ou assoalhos.
Outros problemas referentes aos domicílios foram perguntados, como aqueles relacionados com a localização. No Estado, 24,7% (1,7 milhão de pessoas) disseram que o domicílio tem fumaça, mau cheiro, barulho ou outros problemas ambientais causados pelo trânsito ou indústria; 9,0% (616,7 mil pessoas) relataram que o domicílio fica próximo a rio, baía, lago, açude ou represa poluídos; 2,4% (162,3 mil pessoas) disseram que o domicílio fica localizado em área sujeita a inundação; e 1,5% (100,5 mil pessoas) responderam que o domicílio fica localizado em encosta ou área sujeita a deslizamento. Em Goiás, 86,4% das pessoas residem em domicílios com pavimentação na rua de acesso e 88,8% disseram ter acesso ao serviço de entrega domiciliar de correspondência pelos correios. No Brasil, esses índices foram menores, 74,9% e 78,2%, respectivamente.
Fonte: Jornal O Hoje