O climatologista Ricardo Felício explica que isso ocorre por causa da falta de chuva prevista na região
“Quem paga?”. Essa foi a pergunta que um grupo de ativistas do Greenpeace fez, ao desenhar na areia da praia que surgiu no meio do Rio Solimões, na cidade de Manacapuru, no Amazonas. Isso ocorreu na última sexta-feira, 20.
Na ocasião, os ativistas fizeram um protesto ao que eles chamam de “mudanças climáticas” e ao suposto “aquecimento global”.
De acordo com eles, esses eventos climáticos levaram à diminuição do rio e ao surgimento das areias. Dias depois, publicaram imagens no Instagram, com a pergunta: “Cadê o rio que passava por aqui”?
Climatologista explica o motivo da estiagem e a aparição de areia no Rio Solimões
De acordo com o climatologista Ricardo Felício, o período de estiagem é o responsável pela aparição da areia. É o que acontece neste momento, na região onde fica o Rio Solimões.
Em linhas gerais, estiagem é o resultado da redução, do atraso ou da ausência das chuvas previstas para uma determinada temporada. Sem a água esperada, portanto, o nível do rio baixa e provoca a aparição da areia, que geralmente fica mais ao fundo.
“O regime de precipitação mostra que o período chuvoso vai voltar nos próximos meses e tudo vai se normalizar”, acrescentou Felício. “A areia no fundo dos rios é derivada dos sedimentos que são trazidos ao longo dos anos, oriundos dos tipos de solo que predominam na região das bacias hidrográficas.”
O solo da Floresta Amazônica “é arenoso”
Ainda de acordo com o climatologista, “o solo da Floresta Amazônica é, em geral, bastante arenoso”. Além disso, “possui uma fina camada de nutrientes derivados da composição de folhas, frutos e animais mortos”. “No período de estiagens, severas ou não, elas se tornam aparentes”, concluiu Felício.
Fonte: Revista Oeste