O ministro Alexandre de Moraes aplicou novas sanções ao tenente-coronel Mauro Cid, preso desde 3 de maio em uma cela especial dentro de um batalhão do Exército em Brasília.
O magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) limitou as visitas ao militar. Agora só podem frequentar o batalhão do Exército a mulher, os filhos e o advogado de Mauro Cid. Todas as outras pessoas terão de pedir uma autorização prévia ao ministro, que passará a controlar o entra e sai do quartel.
Antes, as normas sobre visitas eram estabelecidas pelo próprio Exército e previam que cabia ao comandante do batalhão liberar a entrada. A mudança também afetou os pais do tenente-coronel.
Segundo informações da revista Veja, a medida movimentou a Alta Cúpula do Exército, que negociou com Moraes e conseguiu a liberação de visitas para a mãe de Cid e também o pai dele, o general Mauro Lorena Cid.
Lista com visitantes
O ministro do STF também solicitou a lista de todas as pessoas que visitaram Mauro Cid na prisão. Moraes considerou que havia uma “excessiva quantidade” de pessoas se encontrando com o militar. Foram pelo menos 70 visitantes desde a prisão de Cid.
Em nota, o Exército admitiu que encaminhou a relação ao STF. “Em relação ao acesso à lista de visitantes, informamos que, conforme determinação recebida, a mesma foi remetida ao Supremo Tribunal Federal, sob sigilo.”
A movimentação de Moraes ocorreu depois da divulgação de um relatório da Polícia Federal, na sexta-feira 16, que revelou que o tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, reuniu informações para supostamente dar suporte a uma intervenção militar depois das eleições.
Fonte: Revista Oeste