O PP e o Republicanos preparam um recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o bloqueio do Fundo Partidário determinado pelo ministro Alexandre de Moraes na quarta-feira 23.
As legendas afirmam não ter ligação com o pedido de contestação das urnas feito pelo Partido Liberal (PL), de Valdemar Costa Neto, e afirmam reconhecer o resultado da eleição. As três formaram a coligação para lançar o presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição.
“Não fomos consultados. Reconheci o resultado da eleição publicamente”, declarou Marcos Pereira, presidente do Republicanos, ao jornal Estado de S.Paulo. Cláudio Cajado, que administra interinamente o PP, disse que Valdemar falava “em nome do PL e não em nome da coligação”.
O PL cobra a anulação dos votos em 279 mil urnas eletrônicas de modelos antigos usadas no segundo turno. Na decisão de ontem, Moraes condenou a coligação de Bolsonaro, formada pelos três partidos, ao pagamento de multa no valor de R$ 22,9 milhões por “litigância de má-fé” e ainda bloqueou os recursos do Fundo Partidário.
O magistrado também instaurou um procedimento administrativo sobre “eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária”, inclusive do Fundo Partidário, especialmente no que se refere às condutas do presidente da sigla, Valdemar Costa Nota, e Carlos Rocha, autor do estudo realizado pelo Instituto Voto Legal. Além disso, Valdemar e Rocha foram incluídos no inquérito dos “atos antidemocráticos”.
Fonte: Revista Oeste