A Secretaria de Saúde de Goiás monitora 15 pessoas que viajaram ou tiveram contato pessoas que foram para países com grande quantidade de confirmações da nova variante da Covid-19, a ômicron. Até agora, dois casos foram identificados em Aparecida de Goiânia e outros dois são investigados na cidade de Valparaíso, no Entorno do DF. A SES-GO diz que ainda não há evidências para a restrição de atividades, já que o estado possui bons indicadores epidemiológicos.
Em entrevista ao Mais Goiás, a superintendente de Vigilância Sanitária, Flúvia Amorim, disse que as 15 pessoas que estão sob monitoramento tiveram contato ou fizeram viagem recente para locais com foco da nova variante. De acordo com ela, todos os viajantes estão assintomáticos e são supervisionados por precaução.
“O monitoramento ocorre com pessoas que fizeram viagem recente para lugares com casos já confirmados da ômicron. São esperados cinco dias da chegada em Goiás para a realização do exame para verificar se há infecção ou não da variante”, disse.
Superintendente diz que chegada da ômicron em Goiás era “questão de tempo”
Conforme aponta Flúvia Amorim, por ainda estarmos em pandemia, a aparição de uma nova variante no estado é sempre motivo de preocupação. Segundo ela, a chegada da ômicron em Goiás era “questão de tempo”.
Ainda de acordo com a superintendente, as orientações de distanciamento, uso de máscara e higienização das mãos continuam sendo válidas. Ela diz que a SES-GO analisa o cenário para verificar como a variante ômicron vai se comportar no estado.
“Em outros países, a informação que se tem é que a variante não traz sintomas mais graves e não aumenta a letalidade. Ao que tudo indica, ela tem um potencial maior de reinfecção em pacientes que já foram contaminados em outros momentos. Vamos aguardar esses estudos saírem e observar também como ela [ômicron] vai se comportar aqui”, afirmou.
A profissional ressalta que, além da preocupação com a mencionada variante, a SES-GO também redobra a atenção para a variante Delta. “O comportamento de cada uma pode mudar de região para região. Com a Delta, por exemplo, países da Europa tiveram grandes estragos, o que não ocorreu em Goiás. Por isso, nossa preocupação também se volta à Delta, pois é possível um boom de casos”.
Percentual de vacinados não é satisfatório
Sobre a vacinação, a superintendente diz que o percentual de imunizados ainda não é satisfatório. “Para enfrentar a ômicron com tranquilidade, precisaríamos de ao menos 70% da população vacinada. Hoje, no entanto, esse índice é de 60% com imunização completa. É preciso que as pessoas procurem os postos de saúde para se vacinarem”, ressaltou.
Questionada sobre possíveis medidas restritivas, Flúvia Amorim ressaltou que ainda não há nenhuma evidência que leve as autoridades sanitárias a tomarem este tipo de conduta, pois o estado possui bons indicadores.
Fonte: Mais Goiás